domingo, 29 de maio de 2011

Preço da carne de boi vai cair no açougue este mês


Pela primeira vez desde outubro do ano passado, a arroba no estado de São Paulo está com preço abaixo de R$ 100; segundo especialista, fatores climáticos ajudam a maior oferta de boi gordo e devem durar até junho

Prepare-se para comer mais carne vermelha. O preço vai cair nos açougues neste mês e em junho.
Desde outubro do ano passado, a arroba do boi no estado de São Paulo estava com preços acima de R$ 100. Porém, desde anteontem, eles começaram a cair. Ontem, a Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), mostrou que o preço fechou em R$ 98,95.
 A  oferta de animais ainda não aumentou de forma expressiva, mas  compradores reduziram a demanda no estado de São Paulo ao realizar negócios com outros estados, principalmente  Mato Grosso do Sul, onde a oferta esteve ligeiramente maior. A queda de preço deve ser repassada para os açougues na reposição de estoques.



Alívio temporário/O presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antenor Nogueira, explicou que a atual queda de preço é sazonal. “No Centro-Oeste estamos sem chuva e com temperatura menor. No interior falamos que o boi está ‘lambendo’ o vento. O animal fica mais quieto e come menos nessa época do ano. Mas, ao mesmo tempo, os animais mais velhos precisam ser desovados porque tem menos pasto, assim o produtor vende todo o boi gordo e o preço cai no frigorífico”, afirma.
Mas Antenor salienta que essa oferta maior de boi gordo só vai durar em maio e junho, quando é temperatura é menor no Centro Oeste. Segundo ele, há falta de matrizes (veja ao lado). 

Produção deve melhorar ano que vem
Há cinco anos o preço da arroba doboi estava baixo e isso desestimulou a criação. Com isso, muitas matrizes (vacas) foram abatidas. Por consequência, ano passado houve uma oferta de boi menor nos frigoríficos para abate. Antenor Nogueira, da CNA, afirmou que esse problema ainda persiste no Brasil e só deve se estabilizar ano que vem. “Ainda faltam matrizes no mercado. Em 2006 o percentual de abate de fêmeas chegou a ser de 47%. Hoje esse percentual caiu para 23% e a tendência é a produção crescer muito no ano que vem”, aponta o especialista.

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