terça-feira, 8 de novembro de 2011

Educação emperra desenvolvimento do brasileiro, diz IDH


Neste ano, o Brasil subiu apenas uma posição no ranking de qualidade de vida e ainda tem pouco destaque na América Latina.

Segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) divulgado ontem, o país ocupa a 84ª posição entre 187 países do mundo avaliados.

O Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) apontou que o Brasil tem neste ano o índice 0,718, numa escala que vai de 0 a 1.

O Brasil perde para países como Chile (44ª), Argentina (45ª), Uruguai (48ª), México (57ª) e
Panamá (58ª). O economista do Relatório de Desenvolvimento Humano do Pnud Brasil, Rogério Borges de Oliveira, comentou ontem que o país sofre com seu “passivo histórico”, por exemplo, por causa de sua colonização exploratória e longa escravidão. “Além disso, o Brasil é o único que tem dimensão continental e a maior população da América Latina. São fatores que tornam a evolução brasileira mais lenta”, disse.

DESIGUALDADE /Alémdo IDH, o Pnud começou também a medir neste ano a desigualdade dos países,um índice do desenvolvimento humano mais “real ”. Assim, descontando o chamado IDHAD (Índice de
Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade), o IDH do Brasil cai para 0,519, uma perda de 27,7%.

Com isso, o cidadão brasileiro médio tem quase 30% de risco de não conseguir alcançar o desenvolvimento humano potencial que o país tem para lhe oferecer. “Isso aparece em dados
de reprovação e abandono escolar ainda altos”, conclui Rogério.


Brasil aparece na lista de países de Desenvolvimento Humano Elevado

Mais de 5 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza no Brasil


Desde 1980 índices melhoram
Segundo relatório do Pnud divulgado ontem, o Brasil avançou desde 1980 em quase todos índices
medidos: houve aumento na expectativa de vida no país (11 anos no período), melhora na média de anos de escolaridade (4,6 anos a mais), crescimento também da renda nacional bruta per capita com US$ 10.162 neste ano (quase 40% entre 1980 e 2011), mas a expectativa de anos
de escolaridade caiu de 14,1 para 13,8. A Pnud credita principalmente esses avanços à melhor cobertura na educação básica e aos programas de transferência de renda.

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