quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Agronegócio sobe; China deve manter ânimo brasileiro


Um dos principais motores da economia brasileira, o agronegócio, está com um grande desempenho nas exportações, mas também vive a incerteza da crise econômica que pode se alastrar pelo mundo.

Ontem, o Ministério da Agricultura revelou que o agronegócio alcançou  um novo recorde ao exportar, no acumulado dos últimos 12 meses, entre agosto do ano passado e julho deste ano, US$ 85,76 bilhões em produtos agropecuários. O resultado é 23,7% maior que o registrado nos 12meses anteriores, quando o valor comercializado para o exterior foi US$ 69,36 bilhões.

FATOR CHINA /O pesquisador do IEA (Instituto de Economia Agrícola) José Sidnei Gonçalves disse ontem que um impacto negativo da crise nas exportações agrícolas, se acontecer,deve apenas ocorrer no ano que vem, pois os contratos comerciais têm em média quatro meses.
“Mas a China é o principal comprador dos produtos do agronegócio brasileiro. Eles atravessam problemas com inflação atualmente, mas o país está se urbanizando e precisa comer. A tendência é as compras continuarem altas”, diz
.
Porém, um risco é a queda no preço das commodities agrícolas, que têm seu valor definido em negociações no mercado financeiro. Se a crise deixar os mercados pessimistas, de “mau humor”, aí o preço deve cair. No
começo da semana as principais commodities agrícolas já encerraram com perdas expressivas no mercado norte-americano, inclusive no açúcar.


Principais  compradores do Brasil são a China (14,8%) e os Países Baixos (7,4%)

Os três produtos líderes do 1º semestre são soja, carne e o complexo sucroalcooleiro


Ministério tem cenário similar a 2009
O Ministério da Agricultura informou que não considera que o agronegócio brasileiro será afetado pela crise dos países ricos. O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura,
Célio Porto, acredita que não haverá grande impacto nas exportações brasileiras. “A experiência de 2009 [ano da crise financeira mundial] mostra que o impacto pode ser maior nos preços e não nas quantidades
demandadas”, explica.


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