segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Juro do cheque é o maior dos últimos cinco anos no país


Alerta para quem está endividado ou pensa em contrair alguma. As taxas de juros voltaram a se elevar mês passado, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

O destaque negativo foi a taxa média do cheque especial, que passou de 8,10% ao mês para 8,27%, a maior
desde fevereiro de 2005. A razão apontada são as  medidas tomadas neste ano pelo Banco Central para reduzir a demanda e combater a inflação, como a inclusão ou aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em várias operações de crédito.

Das seis linhas de crédito para pessoa física pesquisadas, apenas uma se manteve estável: o cartão de crédito rotativo, mas que já estava bem alta, 10,69%.

CRISE INCERTA /Segundo o vice-presidente da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, mantidas as condições atuais da economia, a expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser elevadas nos próximos meses por conta dos efeitos das medidas já tomadas pelo governo.

Mas, caso a crise nos EUA e na Europa se agrave, com recessão nas principais economias do mundo, a tendência é o Banco Central reverter todas as medidas. “Se a crise desacelerar a nossa economia e com isso aumentar a inadimplência por conta de um desemprego maior, aí inevitavelmente os juros vão cair. Entretanto, dentro de um quadro destes a tendência é o governo tomar medidas para incentivar o consumo”, analisa.


Anefac recomenda organização
Para o consumidor conseguir viver nesse cenário de juros altos, a Anefac tem uma série de recomendações. O consumidor deve organizar a sua vida financeira elaborando um orçamento doméstico como forma de
definir quais são as suas reais necessidades e planejar todos os seus gastos considerando sempre apenas
sua renda disponível. Outra indicação é gastar menos do que tem de renda como forma de fazer uma reserva
financeira para eventuais gastos extras não previstos ou até para planejar a compra de algum bem no futuro. O cheque especial não é renda e deve ser utilizado por um período curto e emergencial.


Atenção para não ficar no vermelho

+ Taxa de juros ao mês em julho
Para consumidores
Comércio - 5,70%
Cartão de crédito - 10,69%
Cheque especial - 8,27%
CDC (bancos) - 2,37%
Empréstimo pessoal (bancos) - 4,67%
Empréstimo pessoal (financeiras) - 9,34%


+ Simulações
Uma pessoa que tenha uma dívida de R$ 100 todos os meses no cheque especial ao final do ano (12 meses)
Considerando uma dívida de R$ 100 não pagos após 12 meses este consumidor estaria devendo R$ 259,48

Uma dívida de R$ 100 no cartão de crédito ao final de um ano (12 anos)
Considerando uma dívida de R$ 100 não pagos após 12 meses este consumidor estaria devendo R$ 338,30


+ Pesquise a taxa de juros
Banco Central: http://www.bcb.gov.br/?TXJUROS


Fontes: Anefac e Banco Central


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