Porém, o Natal de 2011 parece estar “salvo”. A Manpower, empresa multinacional de gestão de mão de obra terceirizada, a maior do ramo, afirma que continua recebendo vários pedidos para intermediar a contratação de trabalhadores para o comércio e a indústria.
A empresa estima que o consumo durante o último trimestre do ano deve crescer cerca de 6%, apesar de ser uma taxa menor que os 15% registrados no mesmo período do ano passado. “O Brasil vive hoje um crescimento recorde, mesmo à sombra das instabilidades internacionais”, diz Riccardo Barberis, executivo da Manpower.
A indústria paulista também afirma esperar crescimento, mesmo que menor. Segundo dados apresentados esta semana pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ), o setor deve registrar 2,4% de crescimento no período, contra os 4,7% obtidos em 2010.
efetivações /A diretora de comunicação da Asserttem (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário), Jismália de Oliveira Alves, lembrou ontem que a crise financeira mundial de 2008 só atingiu o Brasil no ano seguinte, por isso espera que o trabalho temporário não seja afetado este ano também.
“Com certeza o Natal deste ano vai ter aumento de contratações. As empresas já compraram suas matérias-primas e já têm seu planejamento para o final de ano”, comenta.
De acordo com a Asserttem, em 2009 o trabalho temporário foi afetado principalmente nas efetivações, ou seja, as empresas continuaram contratando, mas frearam as efetivações. Em 2008, esse índice foi de 28% e no ano seguinte, 25%.
Ministro descarta que crise vá afetar empregos
Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, foram criados 1,59 milhão de empregos com carteira assinada nos sete primeiros meses deste ano. Com isso, houve queda de 14% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 1,85 milhão de vagas. No mês passado, o país registrou a criação de 140.563 empregos em julho, queda de 22,6% em relação a julho do ano passado.
Ao apresentar os números, ontem, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) afirmou que as férias de julho e a queda na produção agrícola no Sul e Sudeste prejudicaram a geração de vagas, além das medidas do governo para desacelerar a economia para combater a inflação. Mas ele praticamente descartou que a atual crise internacional atinja o mercado de trabalho brasileiro.
“O pivô da crise é os EUA. O poder de consumo do americano está diminuindo. Eles têm que tomar algumas medidas para incentivar o consumo. É um comportamento completamente diferente da realidade brasileira”, disse o ministro.
Jovens se beneficiam
“Nosso setor [trabalho temporário] vem crescendo de 7% a 8% ao ano. Grande parte para jovens em situação de primeiro emprego”
Jismália de Oliveira Alves
diretora da Asserttem
Trabalho temporário sem crise
Natal do ano passado
140 mil vagas temporárias no Brasil -> alta de 12% em relação ao Natal de 2009
42.434 no estado de São Paulo
Até julho deste ano
114,8 mil vagas temporárias -> alta de 10% em relação ao período de janeiro a julho do ano passado
114,8 mil vagas temporárias -> alta de 10% em relação ao período de janeiro a julho do ano passado
Natal deste ano
Ainda não há estimativas exatas, mas a expectativa de empresas de RH e do setor de trabalho temporário é manter a alta nas contratações, mas com uma alta um pouco menor do que em 2010
Ainda não há estimativas exatas, mas a expectativa de empresas de RH e do setor de trabalho temporário é manter a alta nas contratações, mas com uma alta um pouco menor do que em 2010
+ Principais áreas com vagas para o Natal
Comércio (lojas de rua, os shoppings e os supermercados) -> profissionais mais procurados são vendedores e caixas
Indústria (segmentos de alimentos, bebidas, bens de consumo, vestuário, brinquedos, eletrônicos e papel) -> profissionais mais procurados são operadores de linhas de produção
+ Onde achar sua vaga
Sites para cadastrar seu currículowww.empregasaopaulo.sp.gov.br
www.gelre.com.br
www.manpower.com.br
www.gelre.com.br
www.manpower.com.br
Fontes: Ipema, Asserttem e empresas de RH
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